Segundo pesquisa realizada pelo Sebrae, apenas 45% das pequenas empresas antecipou seus recebíveis de cartão automaticamente em 2021.
De acordo com o levantamento, essa quantidade teve um salto em relação a 2018 quando a prática foi adotada por 31% dos entrevistados.
O principal motivo é evidente: a pandemia.
Com as restrições impostas, muitos comerciantes tiveram que recorrer a antecipação e outras linhas de crédito para manter suas portas abertas.
Agora, a aposta é que este número volte ao seu nível pré-pandemia impulsionado pelo aumento da movimentação do público e do consumo nas lojas físicas.
No primeiro semestre deste ano, o público nas lojas físicas cresceu 48% de acordo com o levantamento de Índices de Performance do Varejo, organizado pela HiPartners Capital&Work em parceria com a SBVC – Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo.
Já as vendas com cartão de crédito atingiram R$ 1 Tri só nos primeiros seis meses deste ano, um crescimento de 42,2% em relação ao mesmo período de 2021, segundo a Abecs – Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços.
O que o seu distribuidor ou atacadista tem a ver com isso?
Tudo! Se o comerciante não antecipa, ele pode usar os recebíveis de cartão para pagar seus pedidos mesmo se estiver com limite baixo, inadimplente ou com restrições de crédito.
Desde junho de 2021, está em vigor a resolução nº 4.734 do Bacen que pôs fim a trava bancária sobre os recebíveis de cartão de crédito.
Agora, o comerciante, dono do recebível, pode negociar seus valores futuros a receber com quem quiser, inclusive seus fornecedores.
Aceitando recebíveis como forma de pagamento, o limite de compras do seu cliente passa a ser o saldo das maquininhas e a adquirente deposita direto na conta do seu distribuidor ou atacadista.
Ou seja, antecipe-se ao seu concorrente que tem muito dinheiro na mesa esperando por você!
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